terça-feira, 16 de julho de 2013

O Vinho na Itália

Foto: Bandeira da Itália

Regiões

A Itália possui as seguintes regiões vinícolas:
  • Centro da Itália
  • Ilhas da Itália
  • Nordeste da Itália
  • Noroeste da Itália
  • Sul da Itália

O País

Com razão os gregos na antiguidade denominavam a Itália de Enotria (terra do vinho). Ela produz, como a França, um enorme conjunto de vinhos e com sua vizinha vem se alternando, de tempos em tempos, na posição de maior produtor e consumidor mundial de vinhos.
Ainda que o número de grandes vinhos na Itália não seja tão grande como na França, a ótima qualidade de muito de seus vinhos é inquestionável.

Características Geo-climáticas

Para entender a diversidade de regiões da Itália, deve-se destacar que estas são grupadas segundo sua localização geográfica, o que responde por uma certa homogeneidade de características comuns, resultado da latitude (norte frio e sul quente) altitude (que reforça as tendências da latitude) e a influência do mar (regiões costeiras ou continentais).
Em cada uma das macro-regiões assim definidas encontraremos diversas regiões, que por sua vez abrigam dezenas de DOCs (Denominações de Origem).
Assim sendo, a divisão macro-regional aqui apresentada não é oficial, mas apenas um grupamento que permite entender melhor as características geo-climáticas que afetam diversas regiões - estas sim, oficiais - ali situadas.

Classificação  dos Vinhos Italianos

VINO DA TAVOLA

São vinhos de qualidade inferior, de qualquer procedência geográfica e não podem ter no rótulo o nome da uva, nem a safra, nem a região. Constituem cerca de 80% dos vinhos da Itália. Existem alguns poucos Vinos da Tavola de ótimo nível, por não se enquadrarem nas normas da DOC e DOCG.

INDICAZIONE GEOGRAFICA TIPICA (IGT)

Essa denominação foi instituída à partir de 1992 e é aplicada  em cerca de 150 vinhos  de mesa elaborados em regiões geográficas específicas (uma província, uma comuna ou parte delas, tais como, uma colina, um vale, etc.)

VINI TIPICI

Equivale ao Vin de Pays da França e, apesar de criada em 1989, continua sem uma normatização precisa. Pretende-se aplicar essa designação a vinhos de mesa diferenciados, com tipologia definida.
Atualmente, esses vinhos são incluídos na contagem dos Vini de Tavola, mas espera-se que venham a constituir cerca de 40% dos vinhos italianos.

DENOMINAZIONE DI ORIGINE CONTROLLATA (DOC)

Qualificação criada em 1963, é atribuída aos vinhos provenientes de cerca de 300 regiões vinícolas delimitadas que podem ser uma pequena área, uma província ou uma área geográfica ainda maior.
Sua quantificação é complicada, pois algumas regiões, como Valle d'Aosta e Chianti, possuem diversos vinhos de distritos diferentes, mas são contadas como uma única DOC.
Apenas cerca de 15% dos vinhos italianos pertencem às DOCs e são elaborados com tipos específicos de uvas para cada região e por métodos específicos de vinificação.
Cerca de 850 vinhos possuem designação DOC e, junto com os DOCG, representam apenas cerca de 20% dos vinhos italianos. Em algumas DOC existem sub-classificações, tais como: Riserva ou Vecchio, para vinhos envelhecidos maior tempo em madeira; Superiore, para vinhos com maior teor alcoólico ou maior período de envelhecimento.

DENOMINAZIONE DI ORIGINE CONTROLLATA E GARANTITA - DOCG

Classificação criada em 1982, abrange os melhores vinhos da Itália. É atribuída aos vinhos de quatorze DOC: Barbaresca, Barolo, Gattinara e Asti, no Piemonte; Franciacorta, na Lombardia; Brunello di Montalcino, Carmigiano, Chianti, Vino Nobile di Montepulciano e Vernaccia di San Gimignano, na Toscana;
Albana di Romagna (na Emilia Romagna); Montefalco Sagrantino e Torgiano Rosso Riserva, na Umbria; Taurasi (na Campania).

OS FORAS-DA-LEI

Alguns vinhos italianos, considerados entre os melhores do país e do mundo, classificam-se apenas como Vino da Tavola ou IGT, por não se enquadrarem nas normas das DOC e DOCG (tipos de uva, métodos de vinificação, etc.) e, por isso, são apelidados de "os foras da lei". Na Toscana são chamados de Super-Toscanos.

CATEGORIAS ESPECIAIS

Essa categorias não tem relação com qualidade, mas apenas com uma característica específica que diferencia determinados vinhos de outros.

  • Novello (Jovem) - Vinho semelhante ao Beaujolais Nouveau, vinificado em pelo menos 30% através de maceração carbônica e com no mínimo 11 GL de teor alcoólico e não mais que 10g de açúcar residual. Só pode ser vendido após 06 de novembro e deve ser engarrafado em 31 de dezembro do ano da colheita.
  • Vecchio (Velho) - Vinho que envelhece o mínimo de três anos antes da comercialização.
  • Classico - Uma denominação que diferencia algumas DOC em níveis de qualidade, por exemplo Chianti e Chianti Classico.
  • Superiore - Vinho que envelhece no mínimo um ano antes da comercialização.
  • Riserva (Reserva) - Vinho que envelhece no mínimo três a cinco anos antes da comercialização.
  • Spumante (Espumante) - Vinho espumante, como o Champagne, elaborado tanto pelo método Charmat ou por método Champenoise.
  • Frizzante (Frizante) - Vinho ligeiramente espumante, como o vinho verde português.
  • Secco, Abbocado, Amabile e Dolce - Definem o teor de açúcar do vinho que pode ser: seco, praticamente sem açúcar (secco); meio seco ou demisec, com teores médios de açúcar (abbocado e amabile); francamente doce (dolce).
  • Liquoroso (Licoroso) - Vinho fortificado ou naturalmente forte.
  • Passito (Passificado) - Vinho elaborado de uvas semi-desidratadas (passas).
  • Ripasso (Repassado) - Vinho (Valpolicella) que após elaborado é deixado para repousar nas borras de fermentação do Amarone, ganhando corpo, sabor e teor alcoólico.












Fonte: Academia do vinho

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